quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Uma das CONSTELAÇOES GOURMET 2011

Além das tatuagens, outras marcas registradas desse chef de 29 anos são a persistência e o perfeccionismo. “Ser exigente é condição básica para que uma cozinha funcione bem”, afirma





Aos 16 anos de idade, o pernambucano Ivan Lopes saiu da casa dos pais e foi para São Paulo com o irmão Ivo, que trabalhava como cozinheiro de um restaurante. “Foi quando fiz a opção pela gastronomia”, conta. Influenciado desde cedo pelo irmão, que hoje é proprietário do badalado restaurante paulista Due Cocchi, Ivan percorreu um longo caminho para firmar o seu próprio nome e amadurecer a sua trajetória profissional.
Estagiou com vários chefs renomados em São Paulo, entre eles Rodrigo Martins, e aprendeu na prática a pressão e a velocidade de uma cozinha profissional. “Mas a minha grande escola foram os quatro anos que fiquei no Rosmarinus Officinalis, em Visconde de Mauá-RJ, onde fui subchef de Júlio Buschinelli.” Foi quando estava lá, em 2005, que recebeu o convite para vir a Curitiba integrar a equipe do Terra Madre.
Ivan nasceu na pequena cidade pernambucana de João Alfredo, numa família de 12 filhos. Um de seus irmãos, tatuador, é o responsável pela arte em seus braços. Quando chegou em Curitiba, estranhou o frio. “Na verdade, até hoje não me acostumei”, brinca. Mas a cidade o acolheu, ele se tornou chef titular da casa em 2008 e hoje nem pensa em ir embora.
Se especializou em culinária franco-italiana e adora criar novos pratos. Um dos mais recentes foi uma costela suína no mel e cachaça. Nem nas horas de folga se afasta da gastronomia. 
Quando está em casa, gosta de preparar massas. “Se saio com os amigos, sempre acabo cozinhando para eles”,diz.
Além da influência do irmão, Ivan conta que os pais também foram responsáveis por suas aptidões culinárias. “Eles sempre gostaram de cozinhar”. Entre as delícias caseiras preparadas na sua infância, destaca o sabor do sarapatel, do peixe ao leite de coco e do frango de panela. “São lembranças que eu trago para o meu dia a dia”, afirma.

Entrevista concedida para Gazeta do Povo.

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